Turquia

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sábado, 7 de fevereiro de 2015

Sobre o sal do mar



"Somos mais desonestos para com Deus: Pretendemos que ele não possa nem deva pecar."

"A propensão a aviltar-se, a deixar derrubar, desfrutar e carregar-se de mentiras, poderia ser o pudor de um Deus em meio aos homens."

" Uma coisa explicada deixa de interessar. -- O que queria dizer o Deus que sugeriu: "Conhece a ti mesmo"? Talvez quisesse disser: "Deixa de interessar-te por ti mesmo! Torna-te objetivo"! -- Sócrates? e o "Homem Científico"? "
 

" É uma coisa terrível morrer de sede em meio ao mar. É realmente necessário que se ponha tanto sal na vossa verdade a ponto de torná-la incapaz de satisfazer a sede?"

- Além do bem e do mal ou Prelúdio de uma Filosofia do futuro de Friedrich Nietzsche.


Sobre o sal do mar

Beber conhecimento é chegar a tal ponto que ultrapassa-lo requer guardar o sabor da água, mas não se morre mastigando sal, aprende-se a fracioná-lo na ponta da língua, enquanto em torno, dissolve-se nas nuvens seu metal, assim é a busca, a vontade, e o sentimento oriundo animal, instinto da procura, habito de espíritos livres antes enclausurados por uma certa tortura, de não fazer e entender que o corpo também é livre, articulado, alado, e conduzido por si próprio, tendo como elemento propulsor o amor, construído dentro de cada um no ato cotidiano das boas e livres ações na vida, bons hábitos nas percepções de igualdade e tolerância, 'conhecendo a si mesmo", e tendo isso como máxima, adquirir seu próprio espaço em meio comum, com méritos de alicerces profundos.

Tenho em mente, que acima e abaixo dela, tudo é uma grande teia de sentimentos, que traduzem o abstrato, experiência única a cada ser vivente, e a cada meio presente, fazendo ponte em todos os tempos, dissolvendo alguns sincretismos, sem que isso perca o foco e a necessidade a que foi proposto tal final pensamento, entendo que também o absolutismo até hoje cria uma certa sensação de confiança que para alguns indivíduos é amplamente perigoso e limitante, daí os caos quando essa linha é quebrada, e todas as respostas viram perguntas, como então interligar alguns pontos cegos? O conhecimento é algo que atesta a grandiosidade quando nesses impasses, o silêncio e o respeito mutuo, soluciona, dentro.
Pode parecer egoísta tal resultado, mas a cada tempo se colhe um determinado grão, que só as mãos que sentiram sua textura e finalidade sabem multiplicá-lo.

Que ordem no tom
a cor desaba frente à tristeza
antes a fineza do marrom
ao som da realeza.

Caem na lágrima, suspiros
relevos no ar moderado
modernos papiros
de mares navegados.

Ao Mestre essa espada
o aço cortando rente a palavra
sua cruz é força alada
laço de água.
- Iatamyra Rocha